GEAM organiza jornada de defesas de dissertações sobre Educação Ambiental
A Jornada de Defesas de Dissertações em Educação Ambiental - 2018, organizada pelo Grupo de Estudos em Educação, Cultura e Meio Ambiente (GEAM), foi realizada na quinta-feira (8), das 9h às 18h, no auditório do Instituto de Ciências da Educação (ICED). O evento contou com as seguintes participações na banca: Professora Dra. Marilena Loureiro, que faz parte do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGED/UFPA), do Programa de Pós-Graduação em Gestão de Recursos Naturais e Desenvolvimento Local na Amazônia (PPGEDAM/NUMA); Professor Dr. Mauro Guimarães, da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ); Professor. Dr. Carlos Paixão, do PPGED/UFPA; Professor Dr. Mário Vasconcellos Sobrinho, do PPGEDAM/NUMA; e Professor Dr. Gilberto Rocha, do PPGEDAM/NUMA/UFPA.
As dissertações defendidas foram: Formação continuada de professores em Educação Ambiental: O curso de extensão em Educação Ambiental e Escolas Sustentáveis Com-Vida no município de Capitão Poço/Pará, processos e resultados, de Cilaine Melo; Programa Escolas Sustentáveis nas políticas públicas de Educação Ambiental no município de Ananindeua: Uma análise de três instituições de ensino, de Mônica Ribeiro; e Elementos para a construção do plano de manejo da bacia hidrográfica do Rio Igarapé-Açu no município de Igarapé-Açu no estado do Pará, de George Ferreira.
Segundo Marilena Loureiro, o GEAM tem como intenção, ao produzir esse tipo de evento, fazer com que todos compreendam como funciona o processo da defesa de trabalhos acadêmicos de pós-graduação. "O momento de defesa é talvez o único em que o seu trabalho como pesquisador nessa trajetória tem oportunidade de ser analisado e discutido pelos seus pares nacionais, por isso sempre temos um avaliador interno e um externo, referências da área daquela discussão que será apresentada. Todo o processo avaliativo é delicado, mas é parte desse procedimento acadêmico, então não se preocupem quando ouvirem críticas. Nós, pesquisadores, escrevemos para sermos criticados, para que outros nos leiam e dialoguem com a nossa proposição, em condições de contribuir com ela para que avance. Todos nós passamos por isso", afirmou Marilena Loureiro.
"A defesa do trabalho é muito importante na formação do aluno, pois é quando ele ouve o retorno daquilo que está produzindo a partir de olhares diferenciados. É um processo de reflexão e troca de conhecimento entre quem está defendendo e quem está na banca", disse Mauro Guimarães.
Para o professor Mauro, nós vivemos numa sociedade em que a Educação Ambiental não está presente, então é preciso que haja uma reconstrução ambiental, com um novo ponto de vista, um novo modo de viver. "Não basta apenas que nós saibamos que é necessário preservar o meio ambiente. A maioria das pessoas já sabe disso, mas mesmo assim o planeta não está sendo preservado. A busca pela transformação da sociedade é fundamental, principalmente nos momentos de crise ambiental em que estamos vivendo. Transformando o mundo, as pessoas também se transformam", analisou.
Marilena informou que o que motiva os estudos do GEAM desde sua formação é a tentativa de colaborar com a construção dessa nova identidade da sociedade na busca da multiplicidade identitária da Educação Ambiental. "Não é possível pensar na perspectiva de Educação Ambiental com uma nova racionalidade na construção epistemológica social sem antes dar conta do enfrentamento da crise ambiental. Temos que averiguar como isso se coloca para nós e quais são as respostas possíveis", orientou a professora.
Texto: Ana Luiza Imbelloni.