GEAM encerra atividades de 2018 com Educação Ambiental em Comunidade Ribeirinha
Aconteceu neste sábado (29), na comunidade ribeirinha do Acari, em São Miguel do Guamá - PA, a segunda edição da campanha Rio Limpo, Amazônia Viva. A ação foi uma parceria da Agência Nacional de Transporte Aquaviário (ANTAQ) com a Companhia Docas do Pará (CDP), o Grupo de Estudos em Educação, Cultura e Meio Ambiente (GEAM), o Projeto "Recicleia, Adote esta ideia!" e a Prefeitura de São Miguel do Guamá, no âmbito do projeto Coleta Seletiva nas embarcações de passageiros e cargas na região amazônica.
De acordo com a professora doutora Marilena Loureiro, coordenadora do GEAM e do Núcleo de Altos Estudos Amazônicos (NAEA), a campanha da ANTAQ colabora com os processos de conscientização da importância da conservação dos nossos rios. "A CDP, por meio de sua Gerência de Meio Ambiente (GERAMB), já desenvolve desde 2006 o Programa de Educação Ambiental Portuária conosco. Esta atividade marca para nós, ao lado do coletivo do projeto Recicleia, a abertura de novas possibilidades de atuação nas comunidades ribeirinhas", afirmou.
"No meu ponto de vista, a nossa ação foi muito valorosa, porque foi a primeira vez que nós realizamos uma visita de campo numa comunidade ribeirinha na região de São Miguel do Guamá, com bastante descontração, entrega de kits, teatro, música, dança e Educação Ambiental. Nós percebemos que os ribeirinhos não tem o costume de receber projetos como esses no local; geralmente, eles têm visitas apenas nos períodos de eleição, dos políticos que vão em busca de votos. Então, este foi um momento grandioso e essencial, principalmente nos dias de hoje, em que estamos vivendo um desmonte da Educação Ambiental, pois ela não está obtendo a atenção que merece", afirmou a professora msc. Lindalva Fernandes, do Projeto Recicleia. A professora também falou sobre a importância dos grupos de pesquisa atualmente, especialmente do GEAM, que deve cada vez mais se aproximar das comunidades ribeirinhas da região. "Desejamos que nós possamos desenvolver mais trabalhos assim, pois eles são necessários, e que a universidade volte o olhar dela para as nossas comunidades, que estão tão abandonadas".
Para Safira Guerreiro, orientanda da professora Marilena Loureiro, a atividade foi de grande relevância para as possibilidades de ações de cunho formativo, com base nos anseios da comunidade por novas tecnologias de desenvolvimento sustentável. Segundo ela, "o GEAM tem um papel muito importante nas comunidades ribeirinhas, não só na formação de identidade dos sujeitos, mas também na inserção de alternativas inovadoras que minimizem os impactos causados pelas relações homem x natureza, tornando-se um agente de transformação social e cultural".
Fotos: Safira Guerreiro.
Texto: Ana Luiza Imbelloni.